quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Sua Parte na Construção do Futuro

Há momentos nos quais buscamos alguma cumplicidade; uma espécie de verificação de normalidade. Não queremos ser diferentes da multidão... Embora apreciemos nos sentir especiais e únicos.

Considere a seguinte cena: O sujeito está em uma sala de espera de uma clínica médica, e impaciente começa a observar as pessoas ao redor. Ele nota, facilmente, que outras pessoas estão impacientes por causa da espera. “ufa! Ainda bem que os outros estão contrariados como eu! Temi que eu fosse o único! Bem, isso é normal, então... fazer o quê?”.

Em meio àquilo que é, digamos, compartilhado, por mais desconfortável que seja, dá um enorme alívio reconhecer-se como normal.

“Ah, Lucius... ‘normal’ essa irritação! Veja as outras pessoas, elas também estão se sentindo como eu”.

Sei, amigo querido... hehehe... Esse alívio é um tantinho masoquista, não acha? Afinal, melhor conferir a normalidade ao seu redor para que o nó na garganta, o aperto no peito e o ardor no estômago sejam justificáveis, do que alterar sua realidade interior, não é?

Normalidade é isso? Outros sofrem, e se você sofre, nem se pergunta se é viável sentir algo diferente... Checou: outros também sentem, então é normal, é justificável. Está tudo bem. Está mesmo?

Alívio sentido por considerar justificável sofrer. Aceitável por ser lugar comum: é o que podemos verificar ao nosso redor.

Você aprecia se sentir especial? Conserve! Você é especial de fato! Uma criação única, sem igual. Uma individualidade distinta.

Lembre-se disso principalmente quando estiver sofrendo e considerar normal, justificável. Quando olhar ao redor e reconhecer o sofrimento como algo compartilhado, considere a possibilidade de começar algo diferente: seja paz e leveza. Aos poucos, mais e mais pessoas assim o farão, e um dia, acredito, esse será o ‘normal’ verificável.

Até lá que tal investir em sua qualidade de vida?

Abraço, do amigo, Lucius Augustus, IN.

8 comentários :

  1. Fantástico! Sermos no meio de uma porção de "Seres" que na verdade não estão sendo, não é simples! Exercer as nossas singeleza e peculiaridade, ié, não nos misturarmos, não no sentido de desconsideração do próximo, mas no entendimento de que cada um é um Ser completamente independente dos demais, requer muita atenção de nossa parte. Principalmente quando junto de uma maioria que exerce o ESTAR em detrimento do SER. O perigo de contaminação, se nos faltam aqueles quatro ingredientes básicos_audácia, astúcia, versatilidade e flexibilidade__ é muito grande!
    Mas ser muito grande não é ser impossível! E ainda mais, a contaminação pode ser no sentido contrário! Portanto ação!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Amigo Walter poderia nos esclarecer em relção à sua expressão "ESTARem detrimento do SER" e quais os ingridientes da contaminação a qual se refere?

      Excluir
    2. Saudações fraternas Walter,

      Ser(Consciência Imortal, percepção "Real"), em meio a tantos que se identificam com o Estar ( Consciência mortal, relativa, "Ilusória") é simples, simples, mas não é fácil.

      A dificuldade reside na identificação que conservarmos com o "estar". ( é como se identificar , em alguns momentos com as sombras projetadas na caverna, e noutros momentos com as imagens dos objetos de fora da caverna - referencia: 'mito da caverna, Platão').

      Cada Ser( cada Princípio Inteligente, Centelha Divina) é uma individualidade distinta, sem igual. Não há outro de nós no Universo. Cada um de nós é único. Todos nós estamos em uma escada simbólica, cada um em um degrau. Não vemos o início e não vemos o fim. Níveis de percepção consciencial distintos, resultantes da elevação dinâmica de cada um (quer dizer que está acontecendo).

      A fascinação que resulta de nossa relação com o mundo das formas é imensa, pois as ilusões e o mundo sensorial produzem fortíssima atração. Além disso, nossas características egóicas geram pontos de identificação que fazem com que o irreal pareça real, e desse modo permanecemos cativos no mundo do 'estar'.

      A exemplo, a ofensa. O Verbo do nosso irmão não carrega a ofensa, mesmo que carregue a intenção de ofender. Mas ele é causa e efeito da própria causa. Nos não poderíamos ser efeito da causa dele. Então a ofensa precisa residir em nós. Precisamos ter esse ponto de identificação para definirmos: "essa mensagem me ofendeu".

      Nossa elevação consciente, na Iniciação, é justamente agir de modo a dissolver esses pontos de identificação, para que nossa percepção se volte ao real e reconheça o ilusório tão somente como ilusório.

      Sua motivação é estimulante!!! Vamos lá, todos nós: Ação!!!

      Fraterno abraço, amigo.

      Lucius Augustus, IN.

      Excluir
    3. Zanelli, saudações fraternas!

      Ouso esclarecer o que nosso amigo Walter expressou, então aí vai:

      Talvez já sirva um tantinho a resposta que enviei ao amigo Walter, logo aí acima, nos comentários. Veja o que acha, por gentileza.

      Além: acredito que o amigo Walter quer comunicar com "Principalmente quendo junto de uma maioria que exerce o ESTAR em detrimento do SER", àqueles que se propõe a edificar a elevação, o progresso consciente, o mundo dos sentidos se mostra com forte poder de atração,e como todos nós estamos sob um manto de ilusões, enquanto carregarmos tantos pontos de identificação ( como os orgulhos, as vaidades, as soberbas, as arrogâncias etc.) é muito fácil perder de vista a meta ascensional, o objetivo de libertação, de saída da caverna.

      O mundo do Ser é o mundo da Realização por meio da atuação Consciente e Incondicional. O Mundo do Estar é totalmente condicional e voltado à satisfação e proteção do ego.

      O Mundo do Ser é o Mundo da atuação consciente em obediência às Leis Universais,e o Mundo do Estar é o mundo de busca desenfreada de satisfação dos sentidos e dos valores estabelecidos como realizadores do homem - como o "ter", por exemplo.

      A Contaminação que o amigo citou, acredito que seja a identificação com o ilusório, com os valores da matéria. Por exemplo, uma pessoa impondo seu ponto de vista pode ser um convite ao orgulho e à vaidade - até à arrogância, talvez- à medida que o sujeito que se relaciona com esta pessoa tenha pontos de identificação que são estimulados pela atitude dessa pessoa, e que por isso geram reação do estar ( O ser, perdendo de vista o que é real e reagindo a uma ilusão).

      Se eu reajo com alterações no mundo mental e emocional a um estímulo do mundo do estar, faço-o real para mim. Se atuo de modo impessoal e incondicionado, posso estar consciente do Ser que sou.

      A contaminação é convite. Estes convites só são aceitos por quem tem pontos de identificação em sua estrutura cosnciencial ( relativa, não absoluta).

      E todos os que se lançam ousados ao caminho iniciático oscilam entre o Ser e o Estar.

      Um abraço,

      Lucius Augustus, IN.

      Excluir
  2. Penso que a nossa gregariedade, nos a herdamos em parte por nossa formação em que dependemos essencialmente de um corpo animal denso, modelo que usamos atualmente; visto é, que os animais dependem, a maioria,para manter a sobrevivência, de estarem em bandos, incluindo os símios, aos quais devemos nossa animação terrana como homo sapiens. E sendo assim somos gregários por natureza. Mas.... e nossa conciência em estado de relativa lucidez, será que segue essa gregariedade? Penso que a princípio, sim. entretanto uma vez que consigamos estar de bem com nossa própria companhia, passamos a somente sentir prazer em compartilhar nossa existência, sem contudo ter qualquer carência. Estando em corpo denso, com certeza é mais difícil de não sermos dependentes do grupo, mas dá pra fazer o que se pode, mas uma vez que nossa lucidez alcança o nosso estado conciencial em que estamos habitando de maneira consciente o nosso corpo astral ou energético e tenhamos mais controle de nossas habilidades psiquicas, aí dá pra faler com folga que ser independente é moleza. Outrossim, na condição de encarnado, penso que nós podemos fazer em nosso benefício é não se envolver em sentimentos grosseiros como inveja, arrogância, cobiça, mágoa, preguiça e principalmente pesquisar atentamente o que estão propondo os agrupamentos humanos por aí espalhados focando sempre nas razões da qual se dessume os argumentos proponentes. Daí fica fácil a pessoa não se envolver com politicagens de qualquer espécie, religioões de qualquer espécie, essa bandagem religiosa, representa a classe pior de argumento por aí disseminado, esse, penso eu, contem o conteúdo de maior abuso ao carente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fraternais saudações Zanelli,

      a gregariedade é resultado evolutivo. Atende a conveniências no mundo das formas. A sociedade se organiza de modo a atender conveniências e necessidades do mundo das formas.

      Nossa Consciência ( Principio Inteligente, aquilo em nós que é imortal, o SER) é gregário enquanto parte de um todo e existente por uma função interdependente de outras funções (outros SERES). Contudo, separação no mundo do SER é impossível. Totalmente impossível. O Todo que emanou o Tudo é Onipresente. Todos nós - até no mundo das ilusões - estamos interligados.

      Independência e liberdade não caminham necessariamente separadas. Depende muito do sentido atribuído a cada termo. Eu dependo de você e você de mim, no mundo para além do fenômeno, muito muito além do fenômeno, pois somos individualidades distintas e como tais, a cada um de nós foi confiada uma função específica, sem igual. Todos nós juntos realizaremos, cada qual em seu tempo, sua parcelinha da Programação do Todo no Universo.

      Então, consciências muuuuuuito avançadas na alameda ascensional dependem umas das outras, e todos nós, uns dos outros. Só que aqui o ser humano não sabe essencialmente o que é liberdade, e a dependência se refere à forma.

      Abraço fraterno

      Luicius Augustus

      Excluir
  3. Obrigado pela atenção Luicius Augustus!

    Penso que em termos de atitude para com a vida, estamos com perspectivas semelhantes, entretanto creio que estamos em desarmonia com a idéia de emanação; não que eu me oponha a esta ou aquela idéia, entretanto, a unicidade do universo, ultimamente vem sendo questionada nos moldes do pensamento de criança quando contamos 1,2,3... até não se lembrar o número em que paramos , até que ousamos indagar: e depois? Depois quando vamos crescendo, vão nos enchendo de doutrinas oriundas de estorinhas que depois se tornam dogmas os quais temos uma trabalheira danada de quebrar (são monólitos), mas quando quebramos, ousamos novamente perguntar e depois, mas agora com o peso de nossos próprios questionamentos. Penso que podemos nos indagar sobre dimensões, multidimensões, universos, multiuniversos. Então daí por diante não há que se pensar em final mas somente em ser compartilhante de inúmeras probabilidades...

    ResponderExcluir
  4. Eu que agradeço, Zanelli!

    Obrigado por suas contribuições. Me alegro ao poder informar que concordo totalmente com o querido Irmão!

    Todo final pode ser entendido como um outro começo. Depende do referencial, não Zanelli? São infinitas possibilidades, do Todo a parte encerra as propriedades de sua origem, a infititude e potencialmente é o Tudo, o que pode parecer um paradoxo - a parte ser infinita assim como o Todo da qual é integrante... mas vamos além. Concordo com o Irmão e amigo sobre multidimensões, multiversos ou realidades Metauniversais... o limite só é um convite para fazer uma nova pergunta, não é?

    Abraços, seu amigo , Lucius.

    ResponderExcluir