Comunicar é uma Arte ( Parte I)

Abrir mão de uma ideia pode significar grande economia de energia psíquica e pode minimizar significativamente o desgaste. 

Se um argumento não foi bem assimilado por aqueles com quem estamos nos comunicando, amparamos o raciocínio com explicações complementares, que conectem nossas realidades para que seja bem entendido o que por nós foi proposto.

Contudo, em alguns momentos, o melhor que temos a fazer, é cessar o movimento, parar de argumentar, de opinar e, principalmente, de justificar.

Discussões acaloradas e momentos de tensão e desgaste resultam de tentativas insistentes de justificar um ponto de vista. “você não entendeu! Quando eu disse...”.

... É familiar?

Observando de modo impessoal podemos notar que muitas vezes o interlocutor se perde em suas próprias justificativas, e notamos  que duas ou mais pessoas sofrem e se desgastam muito, e eventualmente , a certa altura, nem sabem bem qual era a ideia original.

Veja como é possível complicar o que é simples no divertido texto "O Tédio e o Sorvete de Azeitona"

De que modo agir? Com simplicidade:

- Não fale tudo que vem à mente, mas que passe pela mente tudo o que vai falar;

- Não perca de vista o motivo da justificativa (“o que quero com isso?”);

- Cuidado para não fazer do outro um meio para ouvir a própria voz;

- Cautela com a justificativa que convence você mesmo sobre uma inverdade (autopiedade, p. ex.).

Comunicação é um meio fantástico de aprendizado. Observe-se e saiba O Que quer comunicar e  Por que quer comunicar.

E para fechar, lembre-se de dois pontos: ter paz é melhor do que “ter razão”, e entre o outro e sua opinião, fique com o outro.

Um abraço, do amigo Lucius Augustus, IN.

10:49   auto engano , complicações , comunicação , discordância , justiça , justificar , opinião   4 comentários