“Lucius, não sei o que acontece comigo: aprendi o
princípio, entendi o princípio, acredito nele, mas não colho nada. Nada mudou!
O que fiz de errado?” Perguntou um amigo, em uma dessas ricas conversas sobre
espiritualidade. A resposta eu compartilho com todos, agora:
Princípios Iniciáticos são como sementes. Precisam
ser tratados como sementes. Se receber a semente, planta, cuida, colhe. E ainda há um intervalo entre o cuidar e o
colher. Fé e paciência!
Por exemplo, você conhece um princípio que mostra
que o amor une, edifica, eleva e realiza, e você espera, portanto, sentir a
realização do amor. Outro Princípio
expressa que a Paz resulta da harmonização entre seu agir finito e seu agir
infinito, e você espera sentir Paz. Não é assim?
Você recebe um Princípio, ou toma ciência de um
conceito que informa de que modo você pode viver melhor. É uma semente com
grande potencial de realização. Mas entre um estado de potencial realização e a
efetiva realização, há um intervalo muito importante. Entre a potencial
realização e a efetiva realização, há a ação consciente.
Não basta você conhecer a semente, entender a
semente, acreditar na semente, se você não fizer algo com ela. O que fazemos com sementes? Plantamos! E depois, cuidamos.
Há esse tipo de confusão quando tratamos da
espiritualidade prática. Muitos sentem o gosto amargo da frustração e não
entendem o que pode ter dado errado.
Tomaram conhecimento, entenderam o conceito, se identificaram até,
falaram a respeito do conceito, mas a vida continuou na mesma.
Princípio Espiritual é alimento que sacia a fome do
espírito. Mas um alimento não sacia a
fome se olharmos para ele, se o entendermos se acreditarmos nele e se até o
elogiarmos. O alimento só sacia a fome se nós o comermos. Olha para o bolinho,
reconhece o bolinho, entende que o bolinho é doce, acredita que o bolinho é
bom, elogia o bolinho... E a fome continua??? COME O BOLINHO! Hehehe...
Dificil?
Então, para realizar aquilo em que acredita, é
preciso agir de acordo com o que acredita. Recebeu sementes? Excelente! Mas
cuide para que elas não fiquem guardadas na gaveta, ok?
Um abraço, do amigo Lucius Augustus, IN
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