quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Que As Muralhas Protegem

Observando uma conversa entre duas pessoas aparentemente próximas, percebi alguns pontos interessantes. Trago-os para compartilhar com vocês, amigos queridos: o papo fluía descontraído, sem sobressaltos, e, repentinamente uma delas manifestou uma atitude defensiva... Beem defensiva.

Fiquei intrigado, pois fluía agradável aquela conversa na qual eu, curioso e abelhudo, incluí meus “ouvidões atentos” (ops!!!) e me questionei sobre o que poderia ter desencadeado aquela atitude defensiva, vez que não reconhecia nenhuma sorte de ataque.

A resposta ao estímulo foi  a ‘defesa’ e o estímulo (que ele considerou) foi o ... O... O... Não! Não foi o ataque!! Acredite, foi um afetuoso elogio.

Como um elogio pode ser considerado um ataque?  “Lucius, podemos considerar que não tenha havido ataque algum?” Sim e não.

Sim, a pessoa que elogiou não atacou. Sim/não: a pessoa elogiada não percebeu, mas sentiu o elogio como uma ameaça, afinal, ninguém se defende sem sentir que há algo do que se defender.

Essa é uma reflexão interessante. Você já se defendeu de algo que objetivamente não era um ataque? Sabemos bem que damos significado ao que ocorre no mundo circundante e que em nossa mente nem tudo que achamos que é, de fato é. Mas se atentarmos ao sentimento de que há ameaças na atitude das pessoas, nas palavras delas, no silêncio delas, ou não em pessoas e sim em fatos, objetivamente e com toda a clareza, o que você identifica como ataque? Outra coisa interessante: o que há dentro das muralhas do nosso forte interno que a gente quer proteger?

Que tal começarmos já essas reflexões, e, ao longo do dia, exercitarmos tais percepções? Daremos muitos passos legais juntos.

Comecemos, então?  

Uma excelente quarta-feira!
Lucius Augustus, IN .

4 comentários :

  1. Muito boa reflexão, verdade as vezes um simples elogio pode se tornar um ataque dependendo de como a pessoa se sente em relação consigo mesma! Precisamos trabalhar a falsa modéstia que existe no nosso inconsciênte. Ficamos envergonhados ou desconfiados, ficamos sem jeito, sem saber o que dizer e o pior que muitas vezes, ainda fazemos questão de mostrar o lado oposto, é bem interessante mesmo!Bjs.

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    1. Olá Esplendor da Criação...

      que nome lindo "Esplendor da Criação"...
      bem, adorável amiga, obrigado por seu carinho e por sua participação - muito pertinente.

      Aprendemos juntos.

      Beijo

      seu amigo, Lucius

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  2. Percepção é a chave. O "elogio" ou a "crítica" tem que ser do ponto de vista de quem os recebem e não de quem os emitem. Abraços, Lu.

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    1. Oi Lu, tudo bem?

      bacana seu comentário: enriquece nosso aprendizado.

      Se nós fixarmos por um instantinho o referencial em nós mesmos, poderemos assumir com disposição o aprendizado da habilidade de oferecer com generosidade e receber com generosidade. Em ambos os casos, com humildade ( como aprendizes, mesmo que sábios).

      Abraços,

      Lucius

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