sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Manga (Oportunidades I)


Bem acomodado em uma rede, sentindo brisa suave e apreciando o dia bonito... Estava como tinha pedido a Deus... 

Tranquilidade, sossego... Somente os sons da natureza. Mas eis que surge em seu campo de visão, sem ao menos dar um aviso, logo ali,  a 10 ou 11 passos de distância... A Manga.

Não era uma visão qualquer, pois naquela tarde preguiçosa, o apetite fora encorajado a fazer um bom lanche... E revela-se, justamente naquele momento, tão suculenta manga... madura, linda... Aparentemente deliciosa.

Longe de ser algo que facilmente se escondesse na paisagem, era um notável exemplar de fruto desejável. Que manga!

Mas não viria de graça, não é? Tem seu preço: a manga precisa ser apanhada para ser deliciosamente saboreada.

Levantar da rede... Andar quase 10 metros até a árvore... Já não parece tão interessante... Até que não é uma manga tão especial assim...

Quem está tentando enganar? É a manga mais apetitosa! Até brilha à luz do sol. Oportunidade única... Depois pode não ter mais... Sabe lá o que pode ser da manga...

Oportunidade a gente não deixa passar... “apanhe a manga... apanhe a manga”, sussurra a voz interior, sábia e totalmente em sintonia com a manga...

Só um cochilo... a manga continuará lá... depois, o lanchinho... Afinal, levantar da rede é algo inevitável... Mas, não agora... posso esperar... sou paciente...

Que barulho é esse? Parece uma bicicleta chegando... É um menino... Não veja a mangueira! Não veja a mangueira!...

“Ei, menino... não! Essa manga...”.

Um suspiro de realismo e repentina lucidez: “nada não, menino... bom proveito! Ainda bem que você apanhou a manga antes que ela caísse do pé e apodrecesse no chão”.

Um afetuoso abraço, do amigo Lucius Augustus, IN.

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