quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Eu já sei (Oportunidades IV)


A vida fenomênica carrega em si oportunidades incontáveis de aprendizado, e um dos mais destacados que conheci é a necessidade que temos de reaprender a aprender.

Na vida, a mudança é certa... novos eventos, novas pessoas, novos cenários, novas situações... o novo, a mudança, revelam-se a todo momento.  


Embora a mudança, o impermanente, o transitório sejam fatos certos na vida de toda a gente, há quem resista...

É sério... seriíssimo! Acredite: há gente que rejeita a transformação por meio do apego ao velho. Há o apego aos velhos conhecimentos, às velhas soluções, às velhas crenças, aos velhos hábitos... Brincadeiras à parte, rejeitar o novo é conhecido e comum hábito observável.

Ok, a mudança é aparentemente desconfortável. Porém, mais desconfortável é o sofrimento causado por rejeitar a mudança - observe!  Vou dar um exemplo: a pessoa do tipo “eu já sei”...

Você conhece alguém assim? A pessoa do tipo “eu já sei”, tende a se agarrar à sua disposição de conservar o que já conhece e normalmente trata novos conhecimentos com velhos filtros de percepção carregados de opiniões, conceitos e suposta sabedoria...

O “eu já sei” costuma rejeitar o novo apresentando o velho, pois considera que detêm muitos conhecimentos... Se o velho funcionar bem e servir bem às novas situações e eventos, ok, nenhum problema. Mas quando não há utilidade no velho, a abertura a novos aprendizados e a disposição de reaprender a aprender revelam-se atitudes pacificadoras excepcionais.

Quando tratamos do sofrimento psicológico, há algo interessante no reconhecimento do que já é conhecido: ‘É’ útil? Praticável? Está à disposição? Quando necessário, é utilizado? Uma única resposta “não”, indica que há algo mais para conhecer além do que já é conhecido.

Exemplo? Você sabe lidar com a irritabilidade, conhece alguma ferramenta? Sim? É útil, praticável, disponível se necessário, e você usa quando precisa? Um único “não”, já indica que é preciso aprender algo mais. Se o “não” for para a última pergunta... amigo... amiga...  mais ainda a aprender!

Se há uma crença que nós podemos guardar (mas para usar, não para empoeirar na memória) sem receio, é esta: “Delicie-se com a possibilidade de aprender sempre, principalmente aprender a aprender”.

Um abraço, do amigo Lucius Augustus, IN.

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