Não causa nenhum estranhamento considerar que a Alma Amiga goste de ser apreciada, estimada, reconhecida, admirada até. Nas relações cotidianas, ocorre uma espécie de validação de importância da pessoa, de acordo com a impressão que esta tem do como o outro a percebe, e que resposta – na comunicação corporal, nas palavras, p. ex. – o outro oferece durante uma interação. É nutritivo esse modo de se reconhecer, a partir do outro? Vejamos...
Ser amado, admirado, respeitado, é gostoso, agradável? Sim, é muito bom sentir-se apreciado. Maaas... há algo mais gostoso do que ser amado, apreciado, querido: amar, apreciar, reconhecer, admirar.
Tem mais? Com toda certeza! Ainda melhor é se amar, reconhecer-se estimável, se admirar, sentir-se em paz com sua própria existência.
E neste último aspecto da percepção de quem somos , encontra-se o segredo do carisma: independer da impressão que temos de como o outro nos vê para que nos sintamos importantes, merecedores de afeto e estima.
Considere o seguinte: se você não se sentir totalmente bem com quem você é agora, acabará assumindo papéis, aparências para provocar atração, estima. E eu pergunto: quem é você? A aparência, o papel, a personagem ou você mesmo, integralmente?
É preciso dar muita atenção a este aspecto, pois as aparências mudam, assim como os papéis e suas representações. Não viva de aparências... elas mudam. É o momento da escolha:
- Você escolher ser quem você é e apreciar suas características, se estimar, aprender a se amar;
- Você, em lado diametralmente oposto à escolha anterior, optar por ser quem você acha que agradará os que te rodeiam, torcendo para que te amem, respeitem e estimem.
Se você optou pela segunda, leve em
conta o risco de comprometer sua espontaneidade, de ocultar sua essência, e, o
pior: de ser apreciado não por quem verdadeiramente você é, mas sim por quem
você constrói a fim de colher afetos. Sua autoestima permanecerá frágil, e você
– por condicionar sua autopercepção à percepção que você acha que os outros têm
de você – será um “escravo” do gosto alheio.
Se você optou pela primeira escolha, é
momento de você olhar para si próprio com carinho, aprendendo e reaprendendo a
identificar suas qualidades, características, gostos, predileções, seu jeito de
ser único e especial. Este é o reaprendizado sobre espontaneidade e autoestima.
O outro é importante, sem dúvida! Mas o
que o outro pensa não pode ser fonte de alimento básico para que você perceba o
quanto você é merecedor de afeto. Antes de apreciar o que o outro comunica
direta ou indiretamente, treine apreciar-se.
Além disso, se estimar verdadeiramente
como quem você é não implica em se acomodar sob suas características e se
fechar para a mudança e a auto superação.
O que muda é a motivação para que você se aperfeiçoe: você precisa
partir do “eu já gosto muito de mim, e por isso mesmo quero aprender a me
relacionar melhor, me comunicar melhor, aprimorar minhas qualidades, lapidar
meus “defeitos”, afinal, valho tanto à pena que quero investir em meu progresso
como ser único que sou!”
Lembre-se que quem não anda à busca de
aplausos, não teme vaias. Lembre-se que tudo começa em como você se vê e como
se sente a seu próprio respeito: ame-se. A seguir, aprecie, estime, reconheça
qualidades no outro, incondicionalmente.
Quanto mais você gostar de você com
independência, mais você se sentirá livre e seguro para se relacionar com o
outro. E esta liberdade proporcionada pelo amor próprio incondicionado,
resultará em deliciosa leveza e segurança. Amar-se a si mesmo te qualifica para
amar o outro verdadeiramente.
E convenhamos: é muito melhor ser
apreciado por quem a gente é do que por quem a gente quer que o outro pense que
somos, não acha?
Liberte-se desses condicionamentos:
vamos zelar por sua autoestima e por sua autoimagem. Relações verdadeiramente
nutritivas resultam de espontânea e livre vocação para conviver.
Eu já gosto muito de você! E você, já
gosta muito de você?
Segurança, tranquilidade, relações
nutritivas e livres? Autoestima!
Um afetuoso abraço, do seu amigo Lucius
Augustus, In.
Linda mensagem, importante desenvolver a automática e o amor incondicional por nós mesmos, para termos relações mais saudáveis conosco e com os outros, sem cobranças de aceitação, de inclusão. :-)
ResponderExcluirRealmente a autoestima é um fator fundamental para a nossa vida. Já escrevi mais de uma vez sobre isto no meu blog, inclusive sobre as máscaras que usamos, exatamente pelo motivo que você cita tão bem no texto: a vontade de agradar aos outros.
ResponderExcluirParabéns pelo texto e abraços
Olá.
ResponderExcluirBelo texto.
Postagem divulgada no Portal Teia.
Até mais
Já estava sentindo falta dos teus textos! Estas reflexões me fazem muito bem! Obrigada!
ResponderExcluirBoa noite, caro Lucius
ResponderExcluirSuas palavras são sempre muito oportunas.
Eu gostei muito da sua maneira de abordar a autoestima. Para a Psicologia, autoestima está muito relacionada à Autoconceito, o conceito que temos sobre nós mesmos. O que pensamos sobre nós influencia se gostamos ou nos sentimos à vontade conosco mesmos ou não.
É muito bom receber afeto de outros, sem dúvida. Mas os outros, como nós, têm opiniões divergentes. Gastamos muitas vezes energia de mais em conciliar opiniões de terceiros sobre a nossa própria vida e esta tarefa ingrata nunca consegue atender a todos, então sempre alguém sai perdendo.
Mas certamente nós perdemos mais que qualquer um. Perdemos a nós mesmos. Às vezes até esquecemos quem somos, o que queremos.
Ser íntegro, dizer o que pensa, dizer não, dar de ombros aos aplausos como você sugeriu é desafiador. Fomos treinados desde pequenos a receber "festinha" quando nos comportamos direito e "palmadas" ou "ralhos" quando não atendemos a expectativas dos outros.
Autoestima tem a ver com reconhecer quem somos e respeitar quem somos. Não respeitamos o que desconhecemos nem o que não valorizamos.
Eu percebo um outro aspecto ainda. Quando "fingimos" opiniões e maneiras de ser atraímos pessoas que se interessam por esta farça e muitas vezes não têm a oportunidade de nos conhecer de verdade. Então como esperar que esses outros estejam conosco se a "isca" de aproximação, por assim dizer, foi irreal?
Quando somos autênticos atraímos pessoas mais dispostas a viver de modo íntegro e por isso sabem respeitar melhor nossas singularidades (por que se sentem à vontade para expressar as suas).
Então vamos nesse aprendizado de nos tornar cada vez mais inteiros...
Carinhoso abraço,
Ana
Saudações amigo Lúcius Augusto !
ResponderExcluirParabéns pelo maravilhoso e precioso texto que nos traz "ferramentas" para desenvolver o "Auto-Conhecimento " .
Gostaríamos de partilhar em nosso Blog com os devidos créditos , pode ser?
Desde já agradecemos a atenção e o carinho !
Abraços Iluminados!
Muito Além !